Este seminário foi sobre o livro "Lições de Arquitetura" e a nossa parte foi os capítulos 1 e 2 da parte C.
O capítulo O ESPAÇO HABITÁVEL ENTRE AS COISAS trata de criar mais possibilidades de uso para determinado objeto ou espaço, para torná-lo mais útil e mais aplicável. Uma coisa que só funciona da maneira como foi programada é o mínimo de utilidade esperada da arquitetura. Para atender as mais diversas situações e, consequentemente ter mais a oferecer é preciso forma e espaço com maior potencial de “acomodação” e recepção. Muitas vezes as pessoas utilizam o espaço de uma forma totalmente diferente da imaginada pelo projetista.
As “irregularidades” como diferenças de nível devem ser articuladas conscientemente para que se possa explora- las ao máximo e serem utilizadas na vida cotidiana.
Um lugar para sentar oferece as pessoas uma chance de apropriação temporária e imediata, além de oferecer contato com outras pessoas. Objetos que se apresentam explícita e exclusivamente para um objetivo específico, no caso sentar, não estimulam tal uso casual e variado.
Certos conceitos são tão rígidos que não permitem que as pessoas imaginem novas formas de uso para objetos tradicionais, como uma cama que pode ser uma mesa.
É importante uma informalidade, um descompromisso para que o contato possa acontecer espontaneamente e deixar as pessoas a vontade para se retirarem quando quiserem é o que as incentiva a prosseguir, isso representa o espaço habitável entre as coisas.
Muitas vezes a qualidade não estava prevista no projeto, mas é preciso pensar nessa qualidade quando se vai projetar, o que significa fazer mais com o mesmo material, organizando- o de maneira diferente, dando mais ênfase ao objetivo principal.
O arquiteto não deve deixar buracos e cantos sem utilidade e sim acrescentar espaço tanto nos lugares que despertariam a atenção de qualquer maneira quanto em lugares menos óbvios.
Mesmo que à primeira vista o uso de planos extras horizontais possam parecer uma vantagem limitada, é importante o arquiteto criar esse valor adicionado onde for possível, pois assim os usuários o usarão de diversas maneiras. Essa questão deveria ser natural para o arquiteto, da maneira que se projeta, adicionando ao conteúdo e não ao projeto.
É necessária a empatia para criar a forma convidativa, ou seja, a hospitalidade precisa antecipar as vontades do convidado.
LUGAR E ARTICULAÇÃO
Dimensões Corretas
Adequação do espaço ao uso que será dado ao mesmo, pois o arquiteto se utilizando disso de certa forma determina o que pode e o que não pode acontecer naquele espaço.
Fornecer o lugar
“Faça de cada coisa um lugar, faça de cada casa e de cada cidade uma porção de lugares, pois uma casa é uma cidade minúscula e uma cidade é uma casa enorme.”
Aldo van Eyck, 1962
Articulação
O conceito de articulação é o espaço ser adequado para o uso que será dado, pois não adianta um espaço grande se não terá articulação, a não ser que este espaço seja dividido em pequenos pavimentos, dando assim seu papel de funcional.
Para o seminário foram pedidas fotos de São João del Rei e de algum outro lugar que ilustrassem esses conceitos. A foto I é da praça no final da Av. Pres. Tancredo Neves de São João del Rei e mostra as pessoas sentadas e conversando na base do obelisco ao invés de sentarem nos bancos ao lado que estão vazios. Mesmo que a base do obelisco não tenha sido feita para se sentar ela cabe perfeitamente a essa situação. O mesmo acontece com figura II que é o paredão que contorna a orla da cidade de Santos. Esse paredão que tem a função de proteger a orla é usado para as pessoas sentarem e observarem o pôr-do-sol (figura II) e também para pescarem (figura IV).
FIGURA I
FIGURA II
FIGURA III
FIGURA IV
Alessandra Martins
José Mário Daminello
Marina Ferreira



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